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quinta-feira, 28 de junho de 2012


            Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores

-Como falar de pobreza num mundo tão secularizado e globalizado?

Frei José – Para falar de pobreza temos de falar também de solidariedade. Para mim, hoje é importante insistir, sobretudo, na solidariedade. A humanidade tem recursos mais do que suficientes para eliminar a pobreza. Sobram recursos, mas falta solidariedade. Penso que teríamos de trabalhar muito no campo da solidariedade, ao mesmo tempo que no campo da justiça, porque a pobreza é consequência da injustiça. Uns que têm muito e de sobra, outros que não têm nada e estão morrendo de fome. Penso que temos conscientizar mais os homens e as mulheres de hoje no campo da justiça e da solidariedade.

-Quais os desafios que se impõem para a Ordem Franciscana neste século?

Frei José – Creio que o grande desafio para nós é ser uma fraternidade contemplativa em missão. Portanto, fraternidade que dê o primado a Deus, fraternidade que se sinta chamada a ir ao encontro dos homens. Por isso, um grande desafio é o diálogo. O diálogo com os pobres, o diálogo com as culturas, o diálogo inter-religioso e ecumênico. Mas tudo dentro desta concepção da Ordem como: “fraternidade contemplativa em missão”. Quero dizer que a Ordem está tentando ser fiel a isto. Por isso, nas prioridades, sempre sublinho a importância do espírito de devoção e oração; sublinho a importância de fazer da fraternidade um sinal visível e ao mesmo tempo ir ao encontro à missão. Neste momento, quero lembrar, que a Ordem abriu novos projetos missionários. Isto indica também a boa saúde da Ordem. Por exemplo, abrimos um projeto missionário no Sudão, outro na Namíbia, outro em Catar e outro Burkina Faso. Tudo isto nos três últimos anos. Ademais de potencializar outros projetos que já existiam como a Missão na Terra Santa, a Missão em Marrocos, na Rússia, no Cazaquistão e na África.

Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, o espanhol Frei José Rodríguez Carballo, OFM

quarta-feira, 27 de junho de 2012




TRECHO DA HOMILIA DE DOM JOÃO WILK, BISPO DA 

DIOCESE DE ANÁPOLIS - GO, EM 

OCASIÃO DA FESTA DE ENCERAMENTO DOS 800 ANOS DO 

CARISMA CLARIANO NO 

MOSTEIRO DE SANTA CLARA.




Santa Clara cujos 800 anos de carisma, de conversão vivemos agora com esta linda forma de comemorações e de formação, formação das Formadoras; acredito que entre tantas comemorações, esta seja a mais bonita, a mais expressiva forma de viver os 800 anos, ir às origens, aprofundar, contemplar o Espírito que originou este espírito fundante do carisma franciscano no mundo e na Igreja.

A atualidade do carisma clariano é evidente. Estava pensando nesta semana a nossa Diocese se prepara para o evento “Bote Fé”: a visita da Cruz Peregrina e do ícone de Nossa Senhora. E trabalhar com os jovens, ir ao encontro dos jovens, é bonito, é entusiasmante, mas também é desafiador, porque nós não sabemos da resposta. O mundo de hoje não é favorável à acolhida dos valores evangélicos e, principalmente os jovens são atraídos por tantas coisas, inclusive pelas preocupações de vida causadas pela competição que o mundo oferece, são bombardeados pelas ideias de prazer e de realização puramente material, que nem sempre tem espaço para os valores espirituais.

Mas não era diferente no tempo de São Francisco. O próprio São Francisco saiu do ambiente festivo, podemos dizer de farra juvenil, ele mesmo era chamado de rei da juventude. Exatamente neste espírito de busca de prazer, de alegria, de festa é que o Espírito Santo suscitou em Francisco uma reflexão profunda. O que é que vale mais, todas 
essas coisas ou tem algo mais atrativo? No mundo de hoje nós vivemos a mesma cultura e o mesmo espírito: o mundo atrai, o mundo busca a festa, o mundo vive de uma festa para outra, as campanhas de cervejinha estupidamente loira estão a cada minuto na televisão, o símbolo do prazer e de consumo. Onde é o espaço do Evangelho? Eu estava pensando nisto.

O Espirito Santo quer que depois de 800 anos, o espírito franciscano e clariano especialmente continue muito vivo. Santa Clara representa na nossa família este aspecto de contemplação, de clausura. Alguém pode ver nesta forma de vida, o desprezo do mundo, a fuga das preocupações, mas na verdade não é. Podemos comparar a situação de uma pessoa doente no hospital que não tem capacidade de respirar pelas próprias forças e então se coloca uma máscara de oxigênio para sustentar as funções vitais do corpo.

A vida contemplativa na Igreja e no mundo, é exatamente esta dose de oxigênio no momento em que o mundo está respirando mal, está respirando um clima, digamos de secularismo, de redução ao prazer, o material de tantas ideologias, de tantas perseguições contra a Igreja. Portanto a oração, a espiritualidade, a vida contemplativa é esta forte dose de oxigênio, na oração, no silencio, na contemplação de Jesus Cristo, no olhar voltado para cima. Este é o grande apostolado que as Ordens e Congregações contemplativas estão oferecendo. A vida contemplativa não é fechada, pelo contrario, a vida contemplativa é apostolicamente aberta e muito aberta, porque esta adoração/contemplação não se fecha dentro dos muros do Mosteiro, mas ela se estende para todo o trabalho da Igreja. Enquanto Irmãs vigiam aos pés do Cristo Eucarístico, o Papa, os Bispos, os padres, missionários, missionárias podem trabalhar tendo este 
sustento, este suporte na vida de oração. “Porque sem mim nada podeis fazer”.


Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!                                                 

ANÁPOLIS-GO, 29/05/2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012




                                                    Pai-Nosso de São Francisco


Oh! Santíssimo Pai nosso: criador, redentor, consolador e salvador nosso.
Que estais no céu: nos anjos e nos santos; iluminando-os para o conhecimento, porque vós, Senhor, sois luz; inflamando-os para o amor, porque vós, Senhor, sois amor; habitando neles e preparando-os para a bem-aventurança, porque vós, Senhor, sois o sumo bem, eterno bem, do qual vem todo bem, sem o qual não há nenhum bem.
Santificado seja vosso nome: clarificada seja em nós vossa notícia, para que conheçamos qual é a grandeza de teus benefícios, a largura de tuas promessas, a sublimidade da majestade e a profundidade dos juízos.
Venha a nós vosso reino: para que vós reines em nós pela graça e nos faças chegar a teu reino, onde a visão de vós é manifesta, a presença de vós perfeita, a companhia de vossa bem-aventurança.
Faça-se tua vontade na terra como no céu: para que te amemos com todo o coração, pensando sempre em vós; com toda a alma, desejando sempre a vós; com toda a mente, dirigindo todas nossas intenções a vós, buscando em tudo tua honra; e com todas nossas forças, gastando todas nossas forças e os sentidos da alma e do corpo em serviço de teu amor e não em outra coisa; e para que amemos a nosso próximo como a nós mesmos, atraindo a todos a teu amor segundo nossas forças, alegrando nos do bem dos outros como do nosso e compadecendo em seus males e não dando a ninguém ocasião alguma de tropeço.
Dai-nos hoje nosso pão de cada dia: teu amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo: para memória e inteligência e reverencia do amor que teve por nós, e do que por nós disse, fez e padeceu.
Perdoai nossas ofensas: por tua misericórdia inefável, pela virtude da paixão de teu amado Filho e pelos méritos e intercessão da beatíssima Virgem e de todos teus eleitos.
Como também nós perdoamos aos que nos ofendem: e aqueles que não perdoamos plenamente, fazei vós, Senhor, que o perdoemos plenamente, para que, por vós, amemos verdadeiramente aos inimigos, e ante vós por eles devotamente intercedemos, não devolvendo a nada o mal por mal, e nos apliquemos a ser bondosos para todos em vós.
Não nos deixes cair na tentação: oculta ou manifesta, súbita ou importuna.
E livrai-nos do mal: passado, presente e futuro.
Glória ao Pai...


A lição franciscana para uma economia a serviço do ser humano


Em Assis, políticos, economistas, associações e organizações do terceiro setor estão reunidos para refletir sobre como sair da crise.

A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 18-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Ele exulta pelo voto grego, mas adverte que o caminho ainda é difícil para a Europa. O superministro italiano das atividades produtivas e de infraestrutura, Corrado Passera, chegou nesse domingo e dormiu em um convento.
Depois, nessa segunda-feira de manhã, rezou diante do túmulo de São Francisco e, acompanhado pelo padre guardião Giuseppe Piemonteseencontrou os freis de todas as quatro famílias franciscanas.
A receita anticrise é secular e foi escrita por São Francisco. Entre decretos de desenvolvimento e financeiros para salvar o euro, a economia social de mercado e a doutrina social da Igreja se tornam um modelo e um campo deprovas para a ação do governo.
E assim, sob a égide do pensamento econômico franciscano, na manhã dessa segunda-feira, o Sacro Convento se transformou em um insólito fórum político-financeiro, pondo em debate a pregação do Poverello de Assis com as atuais estratégias dos governantes nacionais e europeus contra a recessão.
Enfim, a economia não é só bancos e mercados, mas especialmente bem comum.
Na cidade da paz, sindicalistas, economistas e cientistas políticos (Stefano ZamagniDario Antiseri), políticos (Rosi BindiGaetano Quagliariello), responsáveis pelo voluntariado, debatem com o ministro do Desenvolvimento Econômico, Corrado Passera, um dos mais atentos (no governo técnico do primeiro-ministro Mario Monti) às transformações do quadro político nacional.
Para muitos, Passera é o líder ideal daquela "coisa branca", o projeto para uma casa comum dos moderados que, ainda nos Estados gerais católicos de Todi, foi visto na vanguarda. Para ouvi-lo, acorreram os líderes do associacionismo eclesial italiano, começando pelo secretário-geral da RetinoperaVincenzo Conso.
"A Grécia está dizendo: queremos conseguir. Portanto, a votação desse domingo é seguramente positivo", dissePassera às margens do congresso “Uma contribuição franciscana para a superação da atual crise econômica”. "O voto de Atenas – disse o ministro – nos confirma o que todos nós sempre pensamos, isto é, que Atenas pode e deve permanecer dentro da zona do euro e deve ser ajudada a superar um período realmente difícil".
Quem explica o significado do encontro econômico hospedado na fortaleza mundial da espiritualidade é um dos palestrantes mais renomados, o professor Stefano Zamagni, presidente da Autoridade para o Terceiro Setor e colaborador de Bento XVI na encíclica social que abordou (e em parte antecipou) os atuais desafios da globalização.
"Nessa situação de crise, o Sacro Convento de Assis considerou que devia dar a sua contribuição", disse o economista. "Além disso, desde 1300, os primeiros economistas são todos os franciscanos, e a sua escola foi a primeira escola econômica da história. Foram os freis que elaboraram a teoria e as instituições econômicas do mercado, assim como os primeiros bancos".
Além disso, destaca Zamagni, exatamente agora que o sistema bancário acabou em uma tempestade em meio mundo, poucos se lembram de que "o primeiro monte de piedade foi criado pelos franciscanos na Perugia, em 1462, e, em pouco tempo, os freis os criaram às dezenas". Antes, o empréstimo a juros era proibido: foram os seguidores de São Francisco que o "reabilitaram".
Praticamente todas as estruturas teóricas e práticas do mercado brotaram da escola franciscana, como, por exemplo, a sistematização da partida dobrada pelo padre Luca Pacioli. O futuro, em suma, afunda suas raízes em um passado que tem muito a ensinar. "A partir de 1600, o pensamento dos franciscanos deu lugar ao dos jesuítas e principalmente deu lugar às mudanças provocadas pelo início da revolução industrial", aponta Zamagni. "A economia deixou de ser orientada para ao bem comum e começou, desde então, a ter como fim a maximização do lucro de alguém".
Assim, o desvio individualista que se tornou hoje o superpoder dos mercados financeiros teve o seu ponto de partida na "caça" aos economistas franciscanos. "Com a revolução industrial, o lucro individual levou a melhor sobre o bem comum", indica Zamagni. "Agora, com a crise de porte epocal que estamos vivendo, percebemos que os discípulos de São Francisco tinham razão: para resolver os problemas, é preciso convocar novamente o bem comum".





segunda-feira, 18 de junho de 2012

ARRAIAL DA FAMÍLIA FRANCISCANA
No dia 15 de junho do ano em curso, a Fraternidade Franciscana de São Boaventura FRADES E POSTULANTES, realizamos, juntos com toda a família franciscana triunfense, MINI-JUFRA, JUFRA, OFS E IRMÃS FRANCISCANA DE MARISTELA, "O ARRAIAL FRANCISCANO", que foi realizado no próprio espaço do convento São Boaventura. Neste mesmo arraial, tivemos a participação dos três frades diáconos, além do Frei Rogério que pertence a mesma fraternidade, e do vigário provincial Frei Carlos Alberto Breis. Ouvi muita dança, quadrilha e um bom milho cozido, assim foi festejado o  nosso momento junino com muita paz e tranquilidade.






















VIVA SÃO JOÃO!!!!