Ministro Geral da Ordem dos Frades
Menores
Frei José – Para falar de pobreza temos
de falar também de solidariedade. Para mim, hoje é importante insistir, sobretudo,
na solidariedade. A humanidade tem recursos mais do que suficientes para
eliminar a pobreza. Sobram recursos, mas falta solidariedade. Penso que
teríamos de trabalhar muito no campo da
solidariedade, ao mesmo tempo que no campo da justiça, porque a pobreza é consequência
da injustiça. Uns que têm muito e de sobra, outros que não têm nada e estão
morrendo de fome. Penso que temos conscientizar mais os homens e as mulheres de
hoje no campo da justiça e da solidariedade.
-Quais os desafios que
se impõem para a Ordem Franciscana neste século?
Frei José – Creio que o grande desafio
para nós é ser uma fraternidade contemplativa em missão. Portanto, fraternidade
que dê o primado a Deus, fraternidade que se sinta chamada a ir ao encontro dos
homens. Por isso, um grande desafio é o diálogo. O diálogo com os pobres, o
diálogo com as culturas, o diálogo inter-religioso e ecumênico. Mas tudo dentro
desta concepção da Ordem como: “fraternidade contemplativa em missão”. Quero
dizer que a Ordem está tentando ser fiel a isto. Por isso, nas prioridades,
sempre sublinho a importância do espírito de devoção e oração; sublinho a
importância de fazer da fraternidade um sinal visível e ao mesmo tempo ir ao
encontro à missão. Neste momento, quero lembrar, que a Ordem abriu novos
projetos missionários. Isto indica também a boa saúde da Ordem. Por exemplo,
abrimos um projeto missionário no Sudão, outro na Namíbia, outro em Catar e
outro Burkina Faso. Tudo isto nos três últimos anos. Ademais de potencializar
outros projetos que já existiam como a Missão na Terra Santa, a Missão em
Marrocos, na Rússia, no Cazaquistão e na África.
Ministro Geral da Ordem dos Frades
Menores, o espanhol Frei José Rodríguez Carballo, OFM
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